quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Chegada à Grécia

"É verão, de manhã, num barco entre Itália e Grécia.
Sentada em cima de um molho de cabos, Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu na primeira página de um caderno escolar: '11 de Setembrode 1963.  Navegamos sem um balanço. Mar azul,céu azul, ilhas azuis enevoadas.' E então vê a ilha de Ulisses à sua frente: 'Ítaca aparece, vai-se desenhando: verde, até ao mar, despovoada, quase sempre.'
É a sua primeira vez na Grécia.
'Piso às quatro e meia a terra grega. Entrada maravilhosa à saída de Patras. Vamos rente ao mar entre oliveiras e ciprestes e montanhas azuladas. Calor leve, ar perfumado. As montanhas ligam a terra ao Olimpo. Paramos e vou molhar os pés, as mãos, os braços e a cara no mar. A água é maravilhosa, transparente e fresca. Bebo-a. É muito salgada. É a paisagem mais maravilhosa que vi na minha vida.'

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